Oººº°° CURIOSIDADES BÍBLICAS °°ºººO
--------------------" REALMENTE A BÍBLIA DIZ ASSIM OU OUVIMOS ALGUÉM FALAR? "-------------------

Quem Matou o Gigante Golias, Davi ou Elanã?

17:35

1 Samuel 17:50 diz que foi Davi que matou Golias, e 2 Samuel 21:19 diz que foi Elanã quem o matou. Então quem o matou?

Em (1 Samuel 17:50-51), registra a dramática história de como Davi, filho de Jessé, matou o gigante Golias. Davi é descrito como aquele que cortou a cabeça de Golias, depois de tê-lo atingido com uma pedra de sua funda. Entretanto, de acordo com (2 Samuel 21:19), foi Elanã, filho de Jaaré-Oregim, quem matou Golias, o geteu. Por que uma passagem credita a Davi a morte de Golias e a outra, a Elanã?

A passagem de (2 Samuel 21:19), que diz: "Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo do tecelão", apresenta obviamente um erro de copista. Isso é reforçado pelo fato de que há uma passagem paralela em (1 Crônicas 20:5), que diz: "Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo de tecelão". A falha ocorrida na passagem de (2 Samuel 21:19) pode ser delineada admitindo-se a confusão feita por um copista com as palavras e letras hebraicas que, quando combinadas de certa maneira, deram a redação encontrada em 2 Samuel. [1]

GRANDES PELEJAS CONTRA OS FILISTEUS (2Sm 21.15-22). Não se registra a altura em que se deram estes acontecimentos. É possível que a descrição tenha sido copiada de algum registro oficial de grandes e heróicos feitos; a fonte semelhante se deriva também a passagem de (2Sm 23.8-39). Todos estes feitos se dirigem contra os filhos ou progênie (Heb. yaldhe) do gigante (Heb. ha-Raphah) (16,18,20,22). A palavra Rapha (Haraphah com artigo) pode ser o nome próprio de uma raça de gigantes chamada dos refains (cf. Gn 14.5; Gn 15.20; 2Sm 5.18). Os filhos que aqui se mencionam são diferentes dos nefilim ou "gigantes" (Gn 6.4; Nm 13.33), e dos filhos de Enaque (Nm 13.28,33; Dt 9.2; Js 15.13-14) para cuja referência se usa a palavra nefilim. É provável que no versículo 17 a versão correta seja: "e ele (Davi) feriu o filisteu e o matou", versão que se harmoniza com o versículo 22. Desse momento em diante o povo recusou-se a consentir que Davi tornasse a arriscar a vida, pois que esta era, para eles, como a lâmpada de Israel (17). Elanã, filho de Jaaré-Oregim... (19). Certa versão acrescenta "O irmão de", expressão que antepõe ao nome de Golias a fim de fazer coincidir a descrição com a de (1Cr 20.5); mas a inserção não é apoiada por nenhuma das versões antigas. Em (1Cr 20.5), o texto é: "e Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias o geteu". Levanta-se, pois, a importante questão sobre qual dos textos estará correto-o de Samuel ou o de Crônicas. Os comentadores liberais mantêm que não é histórico o episódio relatado em (1Sm 17), segundo o qual Davi mata o gigante Golias. Baseiam a sua afirmação em (2Sm 21.19) que atribui a morte de Golias a Elanã. Como réplica, asseveram alguns terem existido dois Golias; o fato é improvável se bem que, por estranho que pareça, houvesse dois Elanãs, ambos de Belém (cf. 2Sm 23.24). Da mesma maneira poderia haver dois Golias de Gate, um morto por Davi e outro por Elanã. Trata-se, contudo, de uma explicação pouco satisfatória. Não há, na verdade, dúvida de que a descrição de (1Cr 20.5) é exata e de que Elanã matou Lami, irmão de Golias. Em (2Sm 21.19) há dois erros evidentes, dois erros de copista. O versículo termina com a palavra oregim, isto é, "tecelãos". No hebraico a palavra é "órgão de tecelãos" (pl.) não "órgão de tecelão". Ora, a palavra oregim aparece no meio do verso no nome Jaaré-Oregim. O nome Jair de (1Cr 20.5) é sem dúvida preferível a Jaaré. O copista teria visto oregim no fim do versículo e escrevê-lo-ia depois do nome de Jair. Depois transpôs as letras hebraicas de Jair, que ficou Jaaré-concordância pedida pelas leis, da gramática hebraica. Por outro lado, no texto hebraico da passagem de Samuel, as palavras "belemita" e "Golias" aparecem juntas (beth halachmi’eth golyath hagitti) e assemelham-se muito de perto às palavras de Crônicas "Lami, irmão de Golias" (’ eth lachmi ‘achi golyath hagitti). Os especialistas concordam que um dos textos é uma deturpação do outro mas hesitam em decidir-se por um. O fato de ter o copista errado em Jaaré-Oregim mostra estar a deturpação em (2Sm 21.19) e não constituir (1Cr 20.5) uma tentativa para desfazer a suposta discrepância entre (2Sm 21.19) e (1Sm 17) onde se relata a morte de Golias por Davi.

Certo comentador faz uma longa exposição, com a qual pretende justificar a seguinte tradução de (2Sm 21.19): "Elanã, filho de Jessé, o belemita, feriu Golias...". Segundo uma velha tradição judaica, preservada no Targum e aceita por S. Jerônimo, Elanã era outro nome para Davi. Infelizmente não existem provas de que assim fosse. A aceitação do texto hebraico de (1Cr 20.5) como sendo o correto, tende a destruir a interpretação dos comentadores que vêem afirmações contraditórias em (1Sm 17) quanto à parte tomada por Davi.

A MORTE DE CAMPEÕES FILISTEUS (1Cr 20.4-8). Ver (2Sm 21.18-22). Gezer (4); "Gobe" em (2Sm 21.18). Sipai (4); "Safe" em (2Sm 21.18). E Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o geteu (5). Em (2Sm 21.19), lemos: "E Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o geteu".

O crítico extremista considera axiomático que Samuel tem razão e que, portanto, a história de (1Sm 17) não passa de uma tradição sem valor. Este versículo é, portanto, posto de parte como uma tentativa do cronista de se libertar de uma discrepância. Para uma análise pormenorizada, ver a nota referente a (2Sm 21.19). Não há motivo adequado para não aceitar a afirmação de Crônicas. [2]

FONTES:
[1] - Enciclopédia Manual Popular. Enigmas e “Contradições da Bíblia” – Norman Geisler – Thomas Howe – Ed. Mundo Cristão
[2] - Novo Comentário da Bíblia – F. Davidson – Ed. Vida Nova
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O Profeta Elias Subiu ao Céu Num Carro de Fogo?

16:01





Sempre ouvimos falar que Elias subiu em um carro de fogo ao céu, não foi bem assim, olhe o que a Bíblia diz:

“Sucedeu que, quando o SENHOR estava para elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu de Gilgal com Eliseu.” (II Rs 2:1) (ARA)

“E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.” (II RS 2:11) (ARA)

Observe que o carro de fogo só separou o Profeta Eliseu do Profeta Elias; e o Profeta Elias subiu ao céu em um redemoinho.
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O Que Aconteceu Em Antioquia da Síria?

12:51

Biblicamente, são duas as Antioquias: a da Síria e a da Pisídia. Interessa-nos aqui a primeira, situada próxima à costa do Mediterrâneo no que é hoje o sudeste da Turquia, nas margens do rio Orontes.

Antioquia da Síria foi fundada por volta de 300 a.C., por Seleuco I, que a fez sua capital. É nesta situação política, de sede dos seleucidas, que é muito citada no Livro apócrifo dos Macabeus, aquando das revoltas contra o poder ai sediado. Um dos chefes dessa revolta hebreia contra o poder helenizador, Judas Macabeu, foi levado preso para Antioquia.



Em 64 a.C. os romanos apoderaram-se da região, transformando-a na sua província da Síria, continuando Antioquia a ser a capital administrativa.
Grande metrópole da antiguidade, na época da vida de Jesus, teria cerca de meio milhão de habitantes. Seria a terceira cidade do império, depois de Roma e de Alexandria.


A comunidade judaica da cidade era bastante numerosa no século I d.C., o que explica, em certa medida, o rápido peso que o Cristianismo ai criou. Era também muito importante o grupo de não judeus simpatizantes com o pensamento e religião judaica. Entre estes dois grupos encontrou a primitiva comunidade de seguidores de Cristo a sua base de apoio e de expansão.


O nome desta cidade vem, simplesmente do nome do Antíoco, nome de seis dos monarcas seleucidas que governaram a região depois da morte de Alexandre. Trata-se de um fenómeno onomástico igual ao encontrado para o nome das várias Alexandrias com que Alexandre foi perpetuando o seu nome.


Também conhecida como Antioquia de Orontes, devido ao nome do rio que corta suas terras, esta cidade foi um dos principais refúgios dos cristãos durante as primeiras perseguições contra a igreja, logo após que Estevão foi martirizado. A população de Antioquia era composta de muitos povos, incluindo gregos e judeus. Pedro batizou gentios em Cesaréia (At 10:47-48), mas o primeiro esforço sustentado para trazer não-judeus ao cristianismo teve lugar em Antioquia.


Tudo leva a crer que, aquando da perseguição lançada em Jerusalém em 36/37 d.C., na qual foi morreu Estêvão (o primeiro mártir cristão), alguns cristãos tenham seguido para Antioquia. A pregação nesta grande metrópole não se circunscreveu aos judeus, mas já também a todos os “tementes a Deus” (não seriam apenas os filo-judeus, mas também todos os crentes de outras religiões monoteístas que multiplicavam pela cidade e que se encontravam despertos para uma mensagem como a cristã, nomeadamente neo-platónicos, mitraistas – da religião de Mitra - e isíacos – seguidores de Isis) (At 11:19-30).


Antioquia foi o lugar onde os Cristãos começaram fazer esforços para extender o evangelho a não-judeus . Barnabé trouxe Paulo de Tarso para Antioquia para se juntar ao ministério da congregação (At 11.25-26). Paulo e Barnabé também levaram a contribuição de Antioquia para Jerusalém, onde havia um perigo de fome e não sabiam eles que prestariam um grande serviço para a obra missionária.


É nesta cidade que pela primeira vez os seguidores de Cristos foram chamados de “cristãos” (At 11:26). No fundo, como religião, é nesta metrópole helenista que o Cristianismo tem a sua Cédula de Nascimento.

“tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (At 11:26) (ARA)
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Monte Moriá ou terra de Moriá?

14:51

Localizado a leste de Sião, o Monte Moriá tem uma altitude média de 800 metros ao nível do Mediterrâneo. De forma alongada, sua parte mais baixa era conhecida como Ofel. No tempo de Abraão, Moriá não designava propria­mente um monte, mas uma região.

“Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.” (Gn 22:2) (ARA)

Observe o que a Bíblia diz: “...e vai-te à terra de Moriá; ...sobre um dos montes, que eu te mostrarei.”

Moriá é sinônimo de sacrifício e abnegação. Nesse monte, o patriarca Abraão passou a maior prova de sua carreira espiritual. Premido pelo Todo-poderoso, prepara­va-se para sacrificar seu filho, seu único filho Isaque, quando ouviu este brado: "Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho." (Gn 22.11,12) (ARA). Continua a narrativa: "Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho." (Gn 22.13) (ARA).

Mil anos após a era patriarcal, Salomão construiu o Templo nessa elevação. A Casa do Senhor, entretanto, foi destruída por Nabucodonozor, em 587 a.C. Reconstruída no tempo de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general Tito, no ano 70 de nossa era. Atualmente, sobre esse monte, encontra-se a Mesquita de Omar ou Domo da Rocha, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos.


O que significa Moriá? O professor Zev Vilnay, citado por Enéas Tognini, explica: "Os sábios de Israel pergunta­ram: - 'Por que este monte se chama Moriá?' - Porque vem da palavra 'Mora', que, em hebraico, significa temor. Desta montanha o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de 'ora', que quer dizer luz, pois quando o Todo-poderoso ordenou: 'Haja luz', foi do Moriá que pela primeira vez brilhou a luz sobre a humanidade."

Hoje, Moriá poderia ser chamado "Montanha das Lá­grimas". Do Templo, restou apenas uma muralha na qual judeus de todo o mundo choram seu exílio e suas amargu­ras. O Muro das Lamentações é o último resquício da gló­ria passada de Israel.

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Para Que Servia as Pedras de Mós?

12:49


Deuteronômio 24: 6 – “Não se tomarão em penhor as mós ambas, nem mesmo a mó de cima, pois se penhoraria assim a vida”. (ARC)

Na Palestina e países vizinhos, o moinho era uma máquina simples, porém indispensável. Era formada por duas pedras redondas sobrepostas, geralmente feitas de basalto. A pedra inferior era ligeiramente convexa e armada com um pino no centro, que servia de eixo para que a pedra de cima girasse sobre ela. A pedra que ficava em cima era côncava pelo lado de baixo, formando uma caixa com a pedra inferior e tinha uma abertura circular no centro, por onde se despejavam os grãos e onde entrava o pino da pedra inferior. Perto da circunferência existia uma manivela de madeira que servia para faze-la girar com a mão. A farinha saía pela circunferência da pedra inferior e era recolhida por uma vasilha apropriada. Com a farinha se podia fazer pães e bolos, que eram alimentos básicos das famílias. Todo lar na Palestina possuía o seu próprio moinho e o seu sustento dependia diretamente dele, por isso as pedras de mós não poderiam ser penhoradas em hipótese alguma, pois esta atitude colocaria em risco a própria vida daquela família. Nem ainda a mó de cima poderia ser penhorada, pois o moinho só funcionava com as duas pedras juntas, e na falta de uma delas não havia a produção da farinha e do alimento.

PENHORAR = Dar em garantia
PENHORA = Execução judicial do penho

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Nero - Um Grande Perseguidor dos Cristãos Primitivos

14:02

Nero foi um imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Até hoje é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Seu nome completo era Nero Cláudio Augusto Germânico. Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37.

Nero tornou-se imperador romano em 13 de outubro de 54, numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador.

Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império. No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse.

De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia. Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas.

Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio Sêneca. O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64.

Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio.

Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava. O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio.

Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado.

No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina. Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Julio-Claudiana.
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As 95 Teses de Martinho Lutero

18:07


Em 31 de outubro de 1517, Lutero fixou 95 teses na porta da igreja do Castelo, na cidade de Wittenberg na Alemanha. Nelas, manifestou sua insatisfação em relação a abusos e distorções que, segundo ele, desviavam do caminho proposto pela Sagrada Escritura. Manifestou-se especificamente contra a venda de indulgências, isto é, contra a comercialização do perdão. Entendia-se, segundo a teologia oficial, que o perdão dos pecados podia ser obtido mediante a satisfação de algumas obras e, pior, mediante pagamento pecuniário. A isso, Lutero opôs que a pessoa é justificada somente pela graça de Deus, mediante a fé; que norma da Igreja é somente a Sagrada Escritura. Daí dizer-se que o reformador defendia três “solas” (do latim sola – somente): sola gratia (somente pela graça), sola fide (somente pela fé) e sola Scriptura (somente a Escritura como norma da Igreja e da fé).

A partir desses conceitos básicos desenvolveu-se todo o programa de Reforma que não se limitou a uma reforma entre os muros da Igreja, mas teve conseqüências culturais, políticas, sociais e econômicas em toda a Europa que, depois, alastraram-se também pelo novo mundo.



As 95 Teses de Martinho Lutero


1. Nosso Mestre o Senhor Jesus Cristo, quando disse: "fazei penitência", quis afirmar que toda a vida dos crentes fosse de arrependimento.


2.Esta palavra não pode ser interpretada como penitência sacramental, isto é, a confissão e a satisfação que administram os sacerdotes.

3. Todavia, hão significa somente arrependimento interior; não, pois não há arrependimento interior que não se manifeste no exterior em diversas mortificações da carne.

4. A penalidade do pecado, por conseguinte, continua, enquanto durar o aborrecimento de si mesmo, porque este é o verdadeiro arrependimento interior, e coninua até nossa entrada no reino dos Céus.

5. Ao Papa não compete remir, nem pode remir outras penas que as que ele mesmo tem posto, seja por sua própria autoridade, ou pela autoridade dos cânones.



6. O Papa não pode remir nenhuma culpa, senão somente declarar que tem sido remida por Deus e afirmar a remissão se bem em casos reservados a seu critério. Se fosse menosprezado o seu direito a conceder remissão em tais casos, a culpa permaneceria inteiramente sem padrão.

7. Deus não redime a culpa daqueles que não se submetm humildemente ao sacerdote.

8. Os cânones penitenciais somente podem ser aplicados aos vivos e não aos mortos.


9. O Papa, pelo Espirito Santo, é benévolo, pois sempre faz exceções em seus decretos do artigo de morte e de necessidade.

10. Os sacerdotes que, no caso de morimbundos, reservam as penitências canônicas para o purgatório, são ignorantes é malvados.

11. Esta alteração de penitência canônica a do purgatório e uma cizânia semeada enquano os bispos dormiam.

12. Antigamente as penas canônicas eram colocadas antes da absolvição como prova de verdadeira contrição.

13. A morte liberta o morimbundo de toda penalidade crônica.

14. A saúde imperfeita da alma provoca necessariamente grande medo ao morimbundo.

15. Esse medo é sem si suficiente para construir as penas do purgatório.

16. O céu, purgatório e o inferno diferem entre si com diferem o desespero, o quase desespero e a segurança perfeia.

17. é necessário que se aumente o amor e se diminua o ódio para como as almas do purgatório.



18. Nem a razão, nem as Escrituras asseguram que elas estão fora do alcance do amor.

19. Tampouco está comprovado que elas conheçam sua bem aventurança, ainda que nos estejamos certos disso.

20. Por conseguinte, quando o Papa fala de "completa remissão de penas" não se refere a "todos", senão àquelas impostas por ele.

21. Os missionários de indulgências, portanto, se iludem quando dizem que pela indulgência do Papa o homem se liberta de todo o castigo e se salva.

22. Porque, por intermédio dela, não se redime as almas do purgatório de nenhuma pena que deveria pagar nesta vida.

23. Se fosse possível conceder a remissão de todas as penas, somente poderia conceder-se aos mais perfeitos, isto é, de um pequeno número.

24. Por conseguinte a maior parte do povo está enganada por esta indiscriminada e altissonante promessa de libertação de penas (pelos pregadores de indulgências).

25. O mesmo poder que o Papa tem sobre o purgatório em toda igreja, cada bispo o tem em particular na sua diocese e cada cura na sua própria paróquia.

26. O Papa faz bem quando concede remissão às almas (purgatório), não pelo poder das chaves, senão pela intercessão.

27. Eles pregam que no momento que a moeda tina no fundo do cofre sai do purgatório.

28. O que sucede quando tine a moeda é que a ganância e a avareza aumentam, mas o resultado da intercssão da igreja está no poder de Deus somente.

29. Quem sabe se todas as almas do purgatório querem sai dali como nas lendas de São Severino e São Paschoal?

30. Ninguém esta seguro de que sua própria contrição seja sincera; muito menos que tenha obtido plena remissão.

31. Tão raro quanto ao homem que é verdadeira­mente penitente é aquele que verdadeiramente compra indulgências.

32. Aqueles que imaginam estar seguros de sua salvação pelas cartas de indulgências, serão condenados com os que assim ensinam.

33. Os homens devem guarda-se daqueles que dizem que o perdão do Papa é um dom inapreciável de Deus.

34. Porque "essas graças" somente dizem respeito ás penas sacramentais impostas pelo homem.

35. ensinam doutrinas anticristãs àquelas que pretendem que para livrar uma alma do purgatório, ou comprar uma indulgência, não é necessário nem dor nem arrependimeno.

36. Todo o cristão que sente verdadeiro arrependimento pelos seu pecados, tem direito a uma completa remissão do castigo e da culpa, sem que para isso necessite de indulgência.

37. Todo verdadeiro cristão morto ou vivo, participa de todos os bens de cristo ou da igreja, pela graça de Deus e sem bula de indulgência.

38. A remissão papal não deve ser desprezada, não obstante, porque, como se tem dito, é a declaração da remissão divina.

39. É dificílimo, ainda para os mais hábeis teólogos, recomendar ao povo ao mesmo tempo e abundância de indulgências e a necessidade de verdadeira contrição.

40. O verdadeiro arrependimento e a verdadeira dor buscam e amam o castigo; porém a begnidade de indulgência absolve do castigo e fez conceber aversão a ele.

41. Os perdões apostólicos (papais) devem ser pregados com cautela para que não se tomem como preferidos às boas do amor.

42. Convém ensinar aos cristões que o Papa não pensa e nem quer que se compare em nada o ato de comprar as indulgências a uma obra qualquer de misericórdia.

43. Convém ensinar aos cristões que aquele que dá aos pobres ou empresta sem interesse, obra melhor do que aquele que compra uma indulgência.

44. Efetivamente a obra de caridade faz aumentar a caridade e torna o homem mais piedoso; enquanto que a indulgência não se torna melhor, porem somente mais confiado em si mesmo, julgando-se do castigo.

45. Deve-se ensinar aos cristão que quem, ao invés de julgar a quem está necessitado, compra urna indulgência, não compra indulgência do Papa senão a indignação de Deus.

46. É preciso ensinar aos cristãos que, salvo tenha mais do que necessitem para eles e sua família, não devem desperdiçar em indulgências.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é questão de livre arbítrio.

48. É preciso ensinar aos cristãos que o Papa tendo mais necessidades de uma oração feita com fé do que com dinheiro, deseja mais orações do que de dinheiro quando distribui as indigências.

49. É preciso ensinar aos cristãos que a indulgência do Papa é boa se não depositarem nela a menor confiança; porém que não há nada mais prejudicial se ela faz perder o temor de Deus.

50. É preciso ensinar aos cristãos que, se o Papa conhece as exações dos pregadores de indulgências, prefereria que a metrópole de São Pedro fosse queimada e reduzuda as cinzas do que vê-la edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. É preciso ensinar aos cristãos que o Papa como é do seu dever, distribuiria, se necessário, seu próprio dinheiro entre as pessoas pobres, a quem os pregadores de indulgências tiram hoje até o último vintém, ainda que , para isso, tivessem de vender a basílica de São Pedro.

52. A esperança de ser salvos pelas indulgências é uma esperança vã e mentirosa, ainda que o. comissário das indulgências, ou mesmo o Papa, para confirmá-la, empenhasse a sua alma.

53. São inimigos de Cristo e do Papa os que suspendem a pregação da palavra de Deus nas igrejas para que possam pregar as indulgências.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se dá igual ou mais tempo às indulgências do que à Palavra de Deus.

55. O Papa não pode ter outtro pensamento senão este: "Se a indulgência, que é menor que o Evangelho, é anunciada com o repique de um sino e, com a pompa e cerimônia, muito mais deve-se solenizar o anúncio do evangelho, que é mais do que a indulgência, com repique de cem sinos, e com cem pompas e cem cerimônias".

56. Os "tesouros da igreja" dos quais o Papa concede indulgência, não são suficientemente mencionados ou conhecidos entre o povo.

57. Que não são tesouros temporais é evidente.

58. Tampouco são os méritos de Cristo e dos Santos, porque estes obram sem necessidade do Papa.

59. São Lourenço dizia que os tesouros da igreja eram os pobres da igreja mais falava com as palavras de sua época.

60. Sem audácia dizemos que as chaves da igreja, dadas, pelos méritos de Cristo, são esse tesouro.

61. Porque está claro que para a emissão das penalidades e dos casos reservados, basta o poder do Papa.

62. O verdadeiro tesouro da igreja é o santíssimo Evangelho da Graça e da Glória de Deus.

63. Mas esse tesouro é naturalmente odiado, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. O tesouro das indugências é mais aceitável naturalmente porque faz que os últimos sejam os primeiros.

65. Os tesouros da igreja são primeiramente destinados a pescar homens de riqueza.

66. Os tesouos das indugências são redes para pescar as riquezas dos homens.

67. As indulgências que os pregadores anuncam como "maiores graças" são na medida que aumentam os ganhos.

68. Contudo são na verdade as graças mais pequenas, comparadas com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Os bispos e curas devem advertir os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência.

70. Mas, ainda mais, obrigados estão a abrir os olhos e ouvidos, para que esses homens não pregem suas próprias fantasias em lugar da comissão do Papa.

71. Seja anátema todo aquele que falar contra as indulgências do Papa.

72. Porém seja bendito aquele que fala contra as palavras loucas e imprudentes dos pregadores das indulgências.

73. O Papa condena justamente os que, por qualquer arte, prejudicam o tráfico de indulgências.

74. Mas muito mais pretendo condenar aqueles que usam o pretexto das indulgências para prejudicar o amor e a verdade.

75. Pensar que as indulgências papais são tão grandes que possam absolver um homem que tenha cometido um pecado impossível e violado a mãe de Deus, é uma loucura.

76. Dizemos pelo contrário, que as indulgências papais não podem tirar o menor pecado venial, no que concerne a culpa.

77. Diz-se que o próprio S. Pedro, se fosse Papa agora, não poderia conceder maiores graças; isto é uma blasfémia contra S. Pedro e contra o Papa.

78. Afirmamos, pelo contrário, que qualquer Papa tem maiores graças a sua disposição; a saber o Evangelho, dons cura, (Como se diz em 1 Co 12)

79. dizer que a cruz gurnecida com as armas do Papa (que levantam os vendedores de indulgências), tem o mesmo poder que a cruz de Cristo, é uma blasfêmia.

80. Os bispos, os pastores e teólogos que consentem que se digam tais coisas ao povo, hão de dar conta disso a Deus.

81. Esta descarada pregação das indulgências faz com que seja difícil, mesmo para os sábios, defende bem a dignidade e a honra do Papa, contra as calúnias ou mesmo as perguntas sutis e astutas dos leigos.

82. Por exemplo: "Porque o Papa não esvazia o purgatório, por puro amor santo e pela espantosa necessidade das almas que ali estão, se redime a um número infinito de almas pelo miserável dinheiro que necessita para construir uma igreja?"

83. "Porque continuam as missas pelos mortos, e porque não devolvem ou permitem que sejam retiradas as dotações fundadas em benefícios dela, desde que é um erro rogar pelos remidos?"

84. "Qual é a nova piedade de Deus e do Papa, que por dinheiro permite que um ímpio, que é inimigo deles, tire purgatório a alma do melhor amigo de Deus, e não colocam, de preferência, em liberdade esta alma piedosa e amada por puro amor?"

85. "Porque os cânones penitenciais, que há tempo estão de fato abrojados e mortos pelo desuso, há de satisfazer e agora pela concessão de indulgências, como ainda se estivessem em vigor?"

86. "Porque o Papa, cuja riqueza é hoje o maior que a dos pobres, não constrói a igreja de S. Pedro com o seu próprio dinheiro, em lugar de fazê-lo com o dinheiro dos pobres crentes?"

87. "Que é que o Papa pode remir, e participação concede aquele que, por sua perfeita contrição, tem o direito a uma perfeita remissão e participação?"

88. "Que maior benção poderia receber a igreja e não aquela que o Papa fizesse cem vezes por dia o que agora faz uma vez, e concedesse a todos os crentes essas remissões e participações?"(A indulgência dava direito ao seu possuidor à absolvição uma vez na vida e em artigo de morte).

89. "Posto que o Papa, com suas indulgências busca a salvação das almas mais que o dinheiro, porque suspende as indulgências concedidas até o presente, se tem a mesma eficácia?" (Durante o tempo todo que se pregava a indulgência do jubileu - nos dias de Lutero - todas as demais indulgências estavam suspensas.)

90. Reprimir estes argumentos e escrúpulos dos leigos somente pela força, e não lhes da razões, é expor a igreja e o Papa a zombaria e seus inimigos e fazer desgraçados os cristãos.

91. Por conseguinte, se as indulgências se pregarem de acordo com a intenção do Papa, todas essas dúvidas se resolveriam facilmente; na realidade, não existiriam.

92. Oxalá pudéssemos livrar-nos de todos os pregadores que dizem a igreja de Cristo: Paz! e Não há paz.

93. Bem aventurados aqueles profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz, cruz" e Não há cruz! (porque a cruz que deixa de ser cruz tão logo diga gostosamente: "Bendita cruz, não há árvore como tu").

94. Deve-se exortar aos cristão para que sigam diligentemente a Cristo, mesmo através de penalidade, morte e inferno.

95. E a ter assim confiança de que hão de entrar no céu, antes através de dificuldades do que através da segurança da paz.
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